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terça-feira, 30 de agosto de 2011

"Seria preciso dividir cada mulher em três: uma que corresse para o trabalho, outra que tomasse providência para sua família, e uma terceira que escapasse para a beira do lago assistindo quieta ao pôr do sol."

Certamente, a citação acima cai como uma luva para muitas de nós, Mulheres, que à mercê dos desafios do Mercado de Trabalho, ainda nos esforçamos para cuidar da família, sem descuidar de si mesmas, demonstrando verdadeiro talento para administrar o tempo diante de nossa "dupla jornada de trabalho".
E talvez seja por conta desse nosso talento nato e tão especial de administração do tempo que hoje adquirimos participação expressiva no Mercado de Trabalho, inclusive em postos antes ocupados exclusivamente por homens, o que evidentemente, representa um avanço, sem contar a oportunidade de podermos contribuir para mudanças organizacionais, desenvolvendo práticas mais sensíveis para as relações de trabalho.
Além da evolução do processo de inserção da Mulher no Mercado de Trabalho, não podemos deixar de citar ganhos relevantes na legislação, tais como a busca de igualdade de oportunidades de trabalho, combate das formas de discriminação (ambas da OIT), estabilidade gestante, licença maternidade que, aliás, tornou-se assunto badalado em razão de recente Lei sancionada pelo Governo Federal, mediante a qual faculta sua prorrogação por mais 2 meses à empregada cuja empresa tenha aderido ao "Programa Empresa Cidadã".
Entretanto, o trajeto de conquistas femininas precisa ser aprimorado com a busca do respeito à dignidade pessoal, social e profissional.
Longo caminho esse,pois ainda há resquícios de preconceito, discriminação e "tabus" a serem desfeitos, alguns deles bastante primários, como por exemplo, restrições pelas diferenças fisiológicas, fatores como estado conjugal, número e idade de filhos, que supostamente prejudicariam o desempenho e gerariam absenteísmo, além de salários menores.
Assim, o velho chavão de que "a luta continua" ainda é atual e devemos prosseguir firmes no nosso ideal de Plena Conquista do Mercado de Trabalho, sem, contudo, deixarmos de ser Mulheres, Amigas, Esposas, Mães e, principalmente, sem deixarmos de escapar, ainda que seja por alguns momentos, para a "beira do lago e assistirmos quietas ao pôr do sol".

Lya Luft.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Noivas em fuga MÍRIAM LEITÃO

O machismo virou problema econômico. Sempre foi uma trava no progresso, mas agora ganhou até capa de revista econômica pelos dilemas que está criando na sociedade asiática, que tem sido a mais refratária aos avanços. As mulheres asiáticas, que estão no mercado de trabalho e trabalham dez vezes mais em casa que seus maridos, estão fugindo do casamento e não tendo filhos.

Com maior ou menor intensidade, é mundial a ideia de que o trabalho em casa e os cuidados com os filhos é obrigação da mulher. O homem - quando quer - "ajuda". Se no Ocidente isso está mudando, no mundo oriental o problema é pior e produziu equações difíceis de serem resolvidas do ponto de vista econômico e social.

A Economist tratou disso na semana passada: o movimento das asiáticas de fuga do casamento representa uma queda mais rápida da população, que pode representar envelhecimento ainda mais rápido, criando dificuldades maiores ao sistema previdenciário.

Um terço das mulheres nos seus trinta e poucos anos na Ásia não se casaram; e no Japão 21% delas encerraram o período reprodutivo sem se casar. Em Tóquio, a taxa chegou a 30%. Em Cingapura, 27% das mulheres com curso superior entre 40 e 44 anos não se casaram. Essas taxas estão subindo também na Tailândia, Coreia e até na China, entre mulheres mais escolarizadas e com renda maior. Lá, há muito preconceito contra nascimentos fora do casamento, porque a Ásia não passou pela revolução de costumes que houve no Ocidente. Por isso, não casar significa não ter filhos.

No Ocidente, é alta a taxa de crianças nascidas fora do casamento tradicional. Na Suécia, 55% das crianças nascidas em 2008 foram fora do casamento; na Islândia, 66%. Na Ásia, a média é 2%. O problema é que a carga a se carregar no casamento é pesada demais para uma asiática, diz a revista. Uma mulher asiática que trabalhe 40 horas semanais tem, em média, mais 30 horas de trabalhos domésticos. Os homens dedicam, em média, 3 horas a esse serviço. Além disso, considera-se que a mulher é responsável pelo cuidado das crianças e também dos idosos da família. Normalmente, a mulher por lá é responsável pelos cuidados do sogro e da sogra. Por isso, muitas asiáticas, principalmente as de alta escolaridade, estão preferindo apostar na carreira.

Aumenta também o que era inaceitável tempos atrás: relacionamento sem casamento, sem filhos e sem compromisso. As taxas de mulheres no mercado de trabalho estão aumentando rapidamente. Na Coreia do Sul, a taxa de mulheres empregadas na faixa dos 20 anos superou a de homens. Com opções e independência financeira, elas impõem os termos: ou a sociedade muda por uma divisão mais igualitária do peso da vida familiar ou elas continuam solteiras. "Por que mudaria minha vida para preparar sopa de tofu como minha mãe?" disse uma entrevistada à revista.

Na Índia e China, há outro problema: o aborto seletivo que impede o nascimento de meninas. Em 2050, haverá nestes dois países 60 milhões de homens a mais que mulheres em idade de se casar, diz a Economist . Já há cálculos mostrando aumento do porcentual de homens que não vão conseguir se casar por falta de mulheres na China nas próximas décadas.

O interessante da reportagem é que normalmente as matérias sobre casamento apresentam a versão de que mulheres querem muito se casar e os homens fogem. É como se o casamento fosse um sonho compulsivo feminino. O texto da Economist , naquele estilo sóbrio e fundamentado em estatísticas, sustenta o contrário: elas é que estão dizendo não e justamente na sociedade asiática, que, até recentemente, proclamava-se a região do mundo que era superior por ter valores e princípios familiares mais arraigados.

A reportagem diz que esses valores eram na verdade a visão conservadora e ultrapassada de que cabe apenas à mulher carregar o peso da renovação da população e ainda ser o amparo dos mais velhos.

"As mulheres estão rejeitando o casamento na Ásia e isso tem sérias implicações sociais", diz o subtítulo do editorial da revista. "Os governos asiáticos têm há muito tempo a visão de que a superioridade de seus valores familiares era uma das grandes vantagens que tinham em relação ao Ocidente. Isso não está mais garantido. Eles precisam acordar para as profundas mudanças sociais que acontecem em seus países e pensar em como podem enfrentar as consequências", alerta a Economist .

Na visão da revista, é difícil uma política pública acabar com o preconceito que produz essa distribuição desigual dos pesos na família, mas os governos têm algo a fazer. Ela sugere licenças-paternidades, para que homens se envolvam mais com os recém-nascidos e as crianças em crescimento, e subsídio ou oferta de serviços que facilitem o cuidado da criança.

Em alguns países europeus e nórdicos, a ideia de licença-maternidade evoluiu para a "licença para cuidar da criança", que é concedida à pessoa da família que se dispõe a fazer o trabalho. Após o fim do período de amamentação, essa pessoa não tem de ser necessariamente a mãe. Numa nova sociedade, com outros valores, é preciso pensar em novas políticas públicas atualizadas aos novos desafios.

Daily Millôr

As grandes dores são mudas. Mas o diálogo persiste:
pessimismo, cara, quê qué isso?

Temos que evitar apenas os políticos corruptos, a violência crescente, o terrorismo difuso, o turismo desenfreado feito por velhinhas safadas, a emigração indesejável, a possibilidade da fabricação de bombas atômicas domésticas, a ameaça das "fronteiras móveis" (o Acre tá aí mesmo), os grandes conglomerados internacionais, o consumo doentio, a Conspiração Amarela com a capitalização da China, a poluição dos plásticos (sem esquecer a da água, do ar, da luz, do sexo, da moral e dos biquínis), as marabundas africanas organizadas em exércitos, o neonazismo, o neofascismo, o neo-neon, a Conspiração Internacional para a Extinção Sistemática da Flora e da Fauna, os incorporadores imobiliários, bumerangues a baixa altitude, os canibais seqüestradores de aviões, raios manta e raios panda, financiamento internacional do sistema de castas, elefantíase nos atletas, ateus, hereges, antipapistas, a vingança de Montezuma, vulcões ligados a tsunamis, a Conspiração Internacional dos Porcos Chovinistas, a democracia bolivariana, os pintores primitivos, tempestades de areia, vias de tráfego com três mãos e quatro andares, ameaça do degelo do pólo ártico e dos outros, comemorações da vitória Internacional do Homossexualismo cristão, monstros do lago Ness, menores sedutores, sedutores de menores, o boom da impotência, capitalistas bonzinhos, a Lei e a Ordem, especulação da bolsa Vuitton, obras de arte em geral, Conspiração Internacional da Chatice Organizada, sodomia, legalização das drogas, superpopulação, estranhos movimentos na vizinhança, manobras suspeitas na Bahia, explosões solares, adoradores de beterraba, Conspiração Internacional de Croupiers, delatores e dedos-duros, orgias no andar de cima, bacanais no andar de baixo, mosquitos gigantescos, moscas invisíveis, jigabós e telêmacos, maníaco-depressivos armados, aquele som, trios elétricos, baianos elétricos, gaúchos radiativos, materialistas sem Deus e sem moral, a volta da febre amarela em várias cores, voodoo, magia negra, macumba e maçonaria, monossódio e hexacloreto de coentro, jornais sem revisão, semanários sem censura, o underground, o establishment, colonialistas negros e missionários santimoniosos, virgens profissionais, beijos na boca, boquetes, seqüestradores de cachorros, nuvens de baratas paraguaias, mulatos liberais, barbados analfabetos, Conspiração Internacional dos Ratos de Sacristia, Agências de Publicidade, epidemia de tiques nervosos, Conspiração Internacional dos Motoristas Cegos, Conspiração Internacional de Psicanalistas Ávidos de Lucros Fáceis, ostras envenenadas, arteriosclerose, caçadores de cabeças, puritanos à solta, vôos da Goal sem itinerário, ciganos adoidados roubando criancinhas de 18 anos, cidades de velhinhos nazistas fugitivos, cursilhos, auto-de-fé, chicos xavieres e zés arigoses aos milhares, estrôncio 90, 91, 93, batedores de carteiras, menores delinqüentes, guardas pessoais, alcoólicos anônimos, alcoólatras famosos, a indústria do câncer, comunas e camping, macacos completamente nus, bombas atômicas extraviadas, extra-viados, mau hálito generalizado nas elites dominantes, Companhias de Seguro, solitários ameaçadores, ditadores analfabetos, organização militar das atividades religiosas, explosão da primeira bomba atômica do Haiti, gota, catarata, rompimento de gigantescos interceptores de esgotos, desastres com petroleiros de 1 milhão de toneladas, maconheiros armados, conclaves de estupradores de domésticas, terremotos, maremotos, falsos orientais, a maldição do sangue de pantera, doença do sono, falta de sono, trocadilhistas, donas-de-casa incompetentes virando emancipadas, contrabandistas, navios sob a bandeira da Libéria, antropólogos comendo índias, outros comendo índios, peixes contaminados, psicologismo, muros com cacos de vidro, vitiligo, pelagra, cães hidrófobos, violação de e-mails, velhotas topless, divorciadas doidonas, incêndios, enchentes, aquecedores a gás, terapia de grupo, sexo grupal...

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domingo, 28 de agosto de 2011

Vai - Ivan Ângelo

Quer ir? Vai. Eu não vou segurar. Uma coisa que não dá certo é segurar uma pessoa contra a vontade, apelar pro lado emocional. De um jeito ou de outro isso vira contra a gente mais tarde: não fui porque você não deixou, ou: não fui porque você chorou. Sabe, existem umas harmonias em que é bom a gente não mexer. Estraga a música. Tem a hora dos violinos e tem a hora dos tambores. 
    Eu compreendo, compreendo perfeitamente. Olha, e até admito: você muda pra melhor. Fora de brincadeira, acho mesmo. Eu sei das minhas limitações, pensei muito nisso quando tava tentando te entender. É, é um defeito meu, considerar as pessoas em primeiro lugar. Concordo. Mas não tem mais jeito, eu sou assim. Paciência. 
Sabe por que eu digo que você muda pra melhor? Ele faz tanta coisa melhor do que eu! Verdade.         Tanta coisa que eu não aprendi por falta de tempo, de oportunidade - ora, pra que ficar me justificando? Não aprendi por falta de jeito, de talento, essa é que é a verdade. Eu sei ver as qualidades de uma pessoa, mesmo quando é um homem que vai roubar minha namorada. Roubar não: ganhar. 
Compara. Ele dança muito bem, até chama a atenção. Campeão de natação, anda de bicicleta como um acrobata de circo, é bom de moto, sabe atirar, é fera no volante, caça e acha, monta a cavalo, mete o braço, pesca, veleja, mergulha… Não tem companhia melhor. 
Eu danço mal, você sabe. Não consegui ultrapassar aquela fronteira larga entre a timidez e a ousadia, entre a discrição e o exibicionismo, que separa o mau e o bom bailarinos. Nunca fui muito além daquela fase em que uma amiga compadecida precisava sussurrar no meu ouvido: dois pra lá, dois pra cá. 
     Atravessar uma piscina eu atravesso, uma vez, duas talvez, mas três? Menino de cidade, e modesto, não tive córrego nem piscina. É com olhos invejosos que eu o vejo na água, afiado como se tivesse escamas. 
Moto? Meu Deus, quem sou eu. Pra ser bom nisso é preciso ter aquele ar de quem vai passar roncando na frente ou por cima de todo mundo - e esse ar ele tem. 
     O jeito como ele dirige um carro é humilhante. Já viajei com ele, encolhido e maravilhado. Você conhece o jeitão, essa coisa da velocidade. Não vou ter nunca aquela noção de tempo, a decisão, o domínio que ele tem. Cada um na sua. Eu troquei a volúpia de chegar rapidinho pelo prazer de estar a caminho. No amor também. 
Aí é que eu tou perdido mesmo, no capítulo da coragem. Ele faz e acontece, já vi. Mas eu? Quantas vezes já levei desaforo pra casa. Levei e levo. Se um cachorro late pra mim na rua, vou lá e mordo ele? Eu não. Mudo de calçada. 
Vai. 
     Olha, não quero dizer que o que eu vou falar agora tenha importância pra você, que possa ter influído na sua decisão, mas ele tem mais dinheiro também, você sabe. Ele tem até, sabe?, aquele ar corajoso dos ricos, aquela confiança de entrar nos lugares. Eu não. Muito cristal me intimida. Os meus lugares são uns escondidos onde o garçom é amigo, o dono me confessa segredos, o cozinheiro acena lá do quadradinho e me reserva o melhor naco. É mais caloroso, mas não compensa o brilho, de jeito nenhum. 
    Ele é moderno, decidido. Num restaurante não te oferece primeiro a cadeira, não observa se você tá servida, não oferece mais vinho. Combina, não é?, com um tipo de feminismo. A mulher que se sente, peça o que quiser, sirva-se, chame o garçom quando precisar. Também não procura saber se você tá satisfeita. Eu sei que é assim que se usa agora. Até no amor. Já eu sou meio antigo, ultrapassado, gosto de umas cortesias.
    Também não vou dizer que ele é melhor do que eu em tudo. Isso não. Eu sei por exemplo uns poemas de cor. Li alguns livros, sei fazer papagaio de papel, posso cozinhar uns dois ou três pratos com categoria, tenho certa paciência pra ouvir, sei uma ótima massagem pra dor nas costas, mastigo de boca fechada, levo jeito com crianças, conheço umas orquídeas, tenho facilidade pra descobrir onde colocar umas carícias, minhas camisas são lindas, sei umas coisas de cinema, não bato em mulher. 

E não sou rancoroso. Leva a chave para o caso de querer voltar.

Texto de Ravena Oliveira - Sou pelas coisas simples!

 

No início as pessoas realizam suas funções com sortes diferentes. Em primeiro lugar, acredito que temos que definir a sorte que comentei no início.
            Gostar do que faz e fazer o que gosta é uma sorte! Nessa cultura de determinar valores, que são moldados e medidos pela posse de coisas. Ser professor é construir bem no iniciozinho da "carreira" uma visão clara do que se queira alcançar. Eu nem acho que deva acontecer de modo adequado nem em tempo suficiente, mas o grau de comprometimento utilizado quando se é professor, ah meu Deus, como vai depender!
            É bem verdade que é necessária coragem suficiente para sequenciar nossas responsabilidades. Realizar os objetivos diários, tipo aquele planejamento que você desenvolve, e que é a "carinha" da sua turma. Desconsiderar as dificuldades que aparecem. Pode ser que lhe ocorra algumas frustrações, mas quando você acredita que pode realizar realmente seu trabalho, não rola perder tempo: você vai lá e faz!
            Agora, se você acha que educar é simplesmente enfrentar desafios dia após dia, tens toda razão. Mas não é só isso aí. Estende-se um pouco mais. É ser no mínimo paciente para receber mimos de manhã bem cedinho. É ser saudada com um coral sonoro, irregular, desafinado e principalmente amável de BOM DIIIIIAAAAAAAA Tia Ravenaaaaaa!
Então você diz: – Bom dia turma!
            É ser suficientemente sensível para entender e retribuir verdadeiramente beijinhos melados e abraços apertados, não necessariamente nesta ordem. É ter uma sutil obrigação consciencional de criar uma aula apropriada para o organismo "deles", porque "eles" são agitados naturalmente, mas também são companheiros e topam sempre está feliz! É não se desesperar, mesmo sendo quase impossível evitar o descontrole. É ter um bom humor insondável para sorrir das "coisas feias" que eles a todo o momento fazem, e esconder o rosto no armário para não perder o controle da situação, entende?! (É sorrir por dentro!!!).
            É exercitar a voz, porque ela precisa ser pelo menos gargantuesca ao soar alto e bom tom: FAÇAM SILÊNCIO!!! AGORA MESMO! JÁ! É ser racional e entender que você não pode consumir (não no mesmo dia) todas as guloseimas que eles te dão. A propósito as crianças de hoje não nos trazem mais maçãs.
            É ser educada, e não pronunciar palavrões na frente deles, porque eles precisam de uma referência que é você. Naquele momento é você. É ter uma auto-estima controlada para não acreditar que você é tão bonita, elegante e insuperável como eles a julgam gentilmente. É ter uma odisséia espiritual de mãe. Realmente não é simples! É apenas irresistível! Eu sou sim pelas coisas simples!


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Crônica do Amor


Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no
ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a
menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama
este cara?

Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura
por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

Arnaldo Jabor.

sábado, 20 de agosto de 2011

Reparem - De vez em quando devemos deixar de negar os males que nos cerca! Bem, eu diria que é sempre bom encara-los!


Para mim, essa é uma história em que toda a tragédia acontece porque os pais da princesinha teimavam em acreditar que deveria afastar todo o mal para longe da menina. Mas ainda, estavam convencidos de ter poderes suficientes para isso. O pior é que eles viviam repetindo a mesma bobagem, como se não fossem capazes de aprender com a própria experiência.
Pois veja: para o batizado da menina, deixaram de convidar a velha bruxa, porque ela era feia e malvada, e eles achavam que a feiúra e a maldade não podiam fazer parte da festa. Mas, como essas coisas fazem parte da vida a bruxa invadiu o palácio mesmo sem convite. E, para vingar a afronta recebida, lançou uma maldição sobre a criança.
Não seria melhor ter convidado logo a malvada e dado a ela uma porção de coisas boas de comer e de beber, para aplacar seu mau gênio? Não seria mil vezes preferível tê-la como hóspede a tê-la como inimiga?
Mas a bem-intencionada bobeira dos pais foi ainda mais longe. Ao ouvir da bruxa que a princesinha, aos quinze anos, iria ferir-se gravemente com uma roca de fiar, o que fez o pai? Mandou banir do reino inteiro todas as rocas de fiar. Como se algum pai, por mais rei e poderoso que fosse, tivesse o poder de afastar dos filhos as coisas que são capazes de feri-los, de lhes fazer mal. Ainda mais aos quinze anos.
O que aconteceu, então? Tinha sobrado uma roca com seu fuso, no alto de uma velha torre onde vivia uma fiandeira, solitária e isolada. A princesa, chegando casualmente à torre, ao se deparar pela primeira vez com aquele estranho objeto, ficou muito curiosa, pegou nele de mau jeito e furou o dedo. Conforme, aliás, todo mundo já sabia, há muito tempo que iria acontecer.
Não teria sido mais sábio o rei se tivesse alertado a menina para o perigo que aqueles objetos representavam para ela, e ensinado sua filha a se defender, em vez de tentar negar a própria existência de rocas e fusos? Talvez, se pudesse saber do risco que corria, a princesa teria sido mais cuidadosa e até evitaria o acidente.
Então.
Eu acho que muitos pais e mães de hoje continuam a se comportar como os pais da Bela Adormecida, como se não tivessem entendido a história.
(Flídia Rosenberg Aratangy, 1995).

"VESTIDOS - Eu os amo, definitivamente!"

Sejam longos, curtos ou meio termo. Senssuais ou comportados, antigos ou contemporâneos, basiquinhos ou extravagantes, meigos ou não! Fala sério pessoal, tem alguma coisa mais elegante, social e irresistível que uma mulher alta, linda e inteligente coberta por um VESTIDO?! Sem mais, não há!




" - As melhores - "

Paris

Paris é uma das cidades mais atraentes daquelas que dá um sentimento de amor e romance. A cidade é bem conhecida pela sua Torre Eiffel, vinhos e sobremesas . É devido a estas razões que as pessoas acham que ela seja uma das cidades mais românticas.
Viena
Viena é uma cidade que se mistura em conjunto etnia, estilo, sofisticação e sensação de tranqüilidade. Esta cidade tem lugares que têm impressão duradoura como igrejas e museus.
Nova Orleães
Não podia haver nada mais romântico do que ir em um cruzeiro com seu amado.  Museus e parques são uma visão comum para ver nesta cidade romântica.
Monte Carlo, Mônaco

Pontilhado com beleza cênica das praias  esta é uma cidade romântica que não deve ser omitida. Antiga cidade de Mônaco você terá  uma impressão duradoura para sempre com a sensação de tranquilidade e romance.
Londres

Aninhado no coração da Inglaterra, Londres a cidade romântica tem um número de castelos, igrejas , aldeias e catedrais. O Palácio de Buckingham, a Torre de Londres, o Palácio de Windsor  são o centro das atenções e são um dos lugares românticos para visitar.
Melbourne
A segunda maior cidade da Austrália, Melbourne tem um grande número de shopping centers, que permitem que você compre o presente perfeito para seu amado. O nascer e o pôr do sol podem ser capturados em suas câmeras.
San Francisco

Os casais vão ter a certeza que  entrarão no espírito mais animado durante  a sua visita  nesta cidade fantástica.  Você pode ir para o shopping durante todo o dia e à noite pode ser gasta assistindo a um filme romântico juntos.
Boston

A cidade possui vários lugares românticos, que permitirá que você gaste seu tempo na companhia um do outro. A cidade tem parques, teatros e outros locais isolados para ter um momento romântico e desfrutar do tempo  na surpreendente cidade .
Nova York

Esta é uma cidade romântica perfeita para aqueles que querem ter um momento emocionante, ou apenas querem  ocupar-se  durante as férias. Um lindo passeio de carro pelo parque central é surpreendente.
Veneza
Situado na Itália esta romântica cidade tem muito para oferecer. Há um monte de lugares para fazer turismo , que vão desde igrejas, museus, monumentos históricos nesta cidade romântica tem tudo isso. Quem já foi garante: o passeio de gôndola é o passeio mais emocionante para pessoas de todos os grupos etários.
Bem, posto isso , qual é a sua escolha ?

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Se você precisar de alguma coisa por favor, não hesite (...)

 
 
I am buried up to my neck in
Contradictionary lies
I take pride as the kind of illiterature
I'm very ape and very nice

If you ever need anything please don't hesitate
to ask someone else first
I'm too busy acting like I'm not naive
I've seen it all I was here first

Out of the ground
Into the sky
Out of the sky
Into he firt.

Gente, lê! É legal!

O materialismo dialético é a teoria geral do Partido Maxista-lenista.O materialismo dialético é assim chamado ,porque a sua maneira de considerar os fenomenos da natureza , o seu método de investigação e de conhecimento é dialético , e a sua interpretação , sua concepção dos fenomenos da natureza ,a sua teoria é materialista.O materialismo histórico estende os princípios do materialismo dialético ao estudo da vida social;aplica este princípios aos fenomenos da vida social ,ao estudo da história da sociedade.Hegel foi o filósofo que enunciou as características fundamentais da dialética .Marx e Engels tomaram de Hegel apenas o núcleo racional de sua dialética.O filósofo Feuerbach reintegrou o materialismo no seu devido lugar e Marx e Engels assim como no caso de Hegel tomam apenas o núcleo central do materialismo de Feuerbach.1) O método dialético marxista:a) Olha a natureza como um conjunto de elementos ligados ,que dependem uns dos outros e condicionados reciprocamente.Nada pode ser considerado ou entendido isoladamente, para se entender um determinado fenômeno e necessário estudar o ambiente como um todo.b) Olha a natureza como um estado de movimentos constante. Como diz Engels , toda a natureza das partículas mais ínfimas aos corpos maiores(...) está empenhada num processo de aparecimento e desaparecimento , num fluxo incessante , num movimento e numa transformação perpétuos.c) A dialética considera o processo de desenvolvimento , como o desenvolvimento que passa das mudanças quantitativas e latentes a mudanças evidentes e radicais, à mudanças qualitativas.d) A dialética entende que os objetos e os fenômenos da natureza encerram contradições internas ,pois eles têm um lado negativo e um lado positivo,um passado e um futuro,todos eles têm elementos que desaparecem ou que se desenvolvem ,a luta entre o velho e o novo.Lênin, diz que a dialética no verdadeiro sentido da palavra é o estudo das contradições n própria essência das coisas.2) O materialismo filósofico marxista:a) Marx parte do princípio de que o mundo , pela sua natureza ,é material , que os múltiplos fenômenos do universo são diferentes da matéria em movimento.b) O materialismo filósofico marxista parte do princípio que a matéria , a natureza , o ser , é uma realidade objetiva existindo fora e independente da consciência.c) Para o materialismo filósofico marxista o mundo e as suas leis são perfeitamente conhecíveis. De que não há de forma alguma no mundo coisas que não podem ser conhecidas , mas unicamente coisas desconhecidas, as quais serão descobertas e conhecidas pela ciência e pela prática.3) O materialismo histórico:a) O materialismo histórico considera que a força é o método de obtenção dos meios de existencia necessários à vida dos homens, O Modo de Produção de Bens Materiais.b) A primeira particularidade da produção , é a de que nunca se mantem num dado ponto por muito tempo;está sempre a transforma-se e desenvolver-se ;além disso , mudança do modo de produção provoca inevitávelmente a mudança de todo o regime social , as idéias sociais,as opiniões e instituições políticas ; a mudança do modo de produção provoca a modificação de todo o sistema social e politico.c) A segunda particularidade da produçao é a de que as transformaçoes e o seu desenvolvimento começam sempre pela transformação e desenvolvimento das forças produtivas. As forças produtivas são por consequencia , o elemento mais móvel e mais revolucionário da produçao.d) A terceira particularidade de produção é que as novas forças produtivas e as relações de produção que lhes correspondem não aparecem fora do antigo regime,aparecem no ceio do velho regime

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Tá valendo para UFRB/UFBA e UNEB

O Núcleo de Estudos de Gênero e Sexualidade (Nugsex Diadorim), vinculado à Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da Universidade do Estado da Bahia, está selecionando monitores(as) voluntários(as) para atuar no II Seminário Enlaçando Sexualidades , que ocorrerá entre os dias 4 e 6 de setembro, no Centro de Convenções da Bahia, em Salvador..

Estão sendo disponibilizadas 40 vagas de monitoria. As inscrições podem ser feita até o dia 22 de agosto, utilizando o link https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dHpPT0xzc3lZR2JRWnc2RWpqRUNSa0E6MQ.
O resultado da seleção será divulgado por e-mail e no site do Seminário no dia 24 de agosto. Os(as) monitores(as) receberão um certificado de 40 horas, sendo-lhes fornecido almoço e lanche.
Os(as) selecionados deverão comparecer no Núcleo nos dias 26/08 e 02/09, às 14 h, para curso de treinamento.
Entre as atividades a ser realizadas pelos(as) candidatos(as) selecionados(as) estão apoio às mesas-redondas e conferencias, suporte nas salas dos Enlaces Temáticos, auxílio aos congressistas, Inscrição e distribuição de material.
Nugsex Diadorim – Tel.: (71) 3371-0107 R 215.


Queridos, essa notícia é muito boa!
Eu realmente pensei em alguma graçinha a mais da internet, mas ... pude constatar que é verídica as informações que seguem abaixo!

O deputado federal Luiz Argolo, do PP-BA, informou ao prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo, que está trabalhando na Câmara Federal e junto ao Ministério da Educação, em Brasília, para que a cidade considerada um polo regional de serviços na área da educação e da saúde, seja a sede na nova Universidade Federal do Sul da Bahia, a ser criada no Estado junto com a Universidade Federal do Oeste, com sede em Barreiras..
A Universidade Federal do Sul da Bahia terá, segundo o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa, durante reunião com representantes da bancada baiana, unidades operacionais em Itabuna, Teixeira de Freitas e Porto Seguro.
“Acredito que Itabuna, pela sua localização estratégica à margem das BRs-101 e 415, com uma população de mais de 200 mil habitantes e por sua condição de liderança regional na área de comércio e serviços, é o município ideal para abrigar a sede da universidade justamente por ter melhor infraestrutura, mão de obra qualificada e consolidando assim a sua vocação natural como centro de ensino superior”, defendeu Argôlo.                             
O deputado, que tem sido um importante aliado de Itabuna na reivindicação de recursos junto ao governo para a realização de obras essenciais, conta que também vem trabalhando para levar a Alagoinhas, no Nordeste do Estado, um campus avançado da Universidade Federal da Bahia, promovendo dessa maneira o desenvolvimento social e econômico daquela  região.
“Só com educação de qualidade e acessível para o maior  número de pessoas é que  poderemos garantir para a juventude baiana um futuro promissor, assegurando ao mesmo tempo as condições plenas para o desenvolvimento econômico e social do nosso estado”, finalizou o parlamentar da base aliada do governo.


1930 - OS ORFÃOS DA REVOLUÇÃO

Escrito em linguagem jornalística, o livro “1930 – Os órfãos da revolução” de Domingos Meirelles é um grande trabalho investigativo. É resultado de pesquisas de arquivos brasileiros e de coleções de jornais e revistas da época. Um trabalho que incluiu ainda entrevistas e depoimentos recolhidos pelo autor entre 1974 e 2002 com testemunhas dos fatos.O livro analisa o período imediatamente posterior à Coluna Prestes e acompanha os tenentes desse movimento, desde o exílio em 1927 até o seu retorno clandestino ao Brasil para deflagar a revolta que depôs o presidente Washington Luís. O novo livro de Meirelles mostra o que aconteceu com aqueles jovens idealistas que, aproveitando-se da anarquia que dominou o Exército brasileiro na maior parte do século XX, imaginaram que, rompendo com seus superiores, conseguiriam mudar o quadro de injustiças sociais que marcava o Brasil da época. Não obtiveram êxito, embora tenham levado a efeito um movimento ímpar na História brasileira. A obra é uma continuação do livro anterior do jornalista: “As noites das grandes fogueiras”, que aborda o movimento Coluna Prestes e as origens da rebelião de julho de 1924, quando um grupo de jovens tenentes do Exército, que participara do frustrado levante do Forte de Copacabana em 1922, toma de assalto os quartéis da Força Pública de São Paulo.
Para aqueles que gostam de história, principalmente do nosso país, eu recomendo. Conhecer o passado faz a gente entender o presente e buscar melhores soluções para o futuro.


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

É o meu preferido!

Se se morre de amor! – Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende
De ruidoso sarau entre os festejos
Assomos de prazer nos raiam n’alma,
Que embelezada e solta em tal ambiente
No que ouve e no que vê prazer alcança!
Simpáticas feições, cintura breve,
Graciosa postura, porte airoso,
Uma fita, uma flor entre os cabelos,
Um quê mal definido, acaso podem
Num engano d’amor arrebentar-nos.
Mas isso amor não é; isso é delírio
Devaneio, ilusão, que se esvaece
Ao som final da orquestra, ao derradeiro
Clarão, que as luzes ao morrer despedem:
Se outro nome lhe dão, se amor o chamam,
D’amor igual ninguém sucumbe à perda.
Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos
Ao grande, ao belo, é ser capaz d’extremos,
D’altas virtudes, té capaz de crimes!
Compreender o infinito, a imensidade
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D’aves, flores,murmúrios solitários;
Buscar tristeza, a soledade, o ermo,
E ter o coração em riso e festa;
E à branda festa, ao riso da nossa alma
fontes de pranto intercalar sem custo;
Conhecer o prazer e a desventura
No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto
O ditoso, o misérrimo dos entes;
Isso é amor, e desse amor se morre!
Amar, é não saber, não ter coragem
Pra dizer que o amor que em nós sentimos;
Temer qu’olhos profanos nos devassem
O templo onde a melhor porção da vida
Se concentra; onde avaros recatamos
Essa fonte de amor, esses tesouros
Inesgotáveis d’lusões floridas;
Sentir, sem que se veja, a quem se adora,
Compreender, sem lhe ouvir, seus pensamentos,
Segui-la, sem poder fitar seus olhos,
Amá-la, sem ousar dizer que amamos,
E, temendo roçar os seus vestidos,
Arder por afogá-la em mil abraços:
Isso é amor, e desse amor se morre!

(Gonçalves Dias)

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Beije-me e depois volte. [...]

"Ele estava em toda parte. O sol penetrante tornou minhas pálpebras vermelhas, e a cor combinava com o calor. O calor estava em toda parte, eu não consegui ver nem sentir nada que não fosse ele.
Porque eu não estava impedindo aquilo? Pior ainda, porque eu não conseguia encontrar em mim o desejo de parar? Significava que eu não queria que ele parasse? Que minhas mãos agarraram aos ombros dele e gostavam que fossem largos e fortes? Que as mãos dele me puxassem apertado demais em seu corpo , e no entanto não fosse apertado o bastante para mim?
Eu estava mentindo para mim mesma.
Ele era mais do que apenas meu amigo. Por isso era tão impossível me despedir dele – porque eu estava apaixonada por ele. Também. Eu o amava muito mais do que devia, e no entanto ainda não era o bastante. Eu estava apaixonada por ele, mas não era o suficiente para mudar nada; era só o bastante para magoar a nos dois.
Os lábios dele ainda estavam nos meus. Abri os olhos e ele me fitava, admirado e exaltado."

 

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Quem não ama?!

Não tem nada melhor do que a combinação de um confortável sofá, um bom filme, e uma panela lotada de muito brigadeiro para você passar boas horas em frente a TV não é? E Fica melhor ainda quando você faz o brigadeiro em casa, por dois motivos: um porque o brigadeiro de latinha que é vendido nos supermercados é caro e vem pouco, e outro porque tem gosto de fábrica.
E por essas e outras que é sempre bom ter em mãos uma boa receita de brigadeiro de panela e também uma de brigadeiro de micro-ondas (acordo ortográfico), para poder se lambuzar de tanto comer. Depois é só fazer meia horinha de esteira que tá tudo resolvido!!!
Então, logo abaixo você confere uma receita bem fácil e rápida de como fazer um delicioso brigadeiro:
Receita de Brigadeiro de Panela
Tempo de preparo: 25 minuto
Grau de dificuldade: Fácil
Valor Energético (Calorias): Cada 30 gramas de brigadeiro tem em média 100 calorias
Ingredientes
- 1 Lata de leite condensado
- 1 colher de sopa de margarina sem sal
- 4 colheres de sopa de chocolate em pó ou 7 colheres de achocolatado em pó (Nescau, Nesquick e outros)
- Chocolate granulado (use só se for fazer as bolinhas)
Modo de preparo
Coloque a lata de leite condensado, a margarina e o chocolate em uma panela funda. Cozinhe em fogo médio, e com uma colher de pau vá mexendo sem parar até que a mistura desgrude do fundo da panela. Depois disso, deixe esfriar.
Se você for fazer as bolinhas, unte as mãos com margarina e faça pequenas bolinhas de brigadeiro, depois passe-as delicadamente no chocolate granulado. Se não for fazer as bolinhas é só pegar uma colher e mandar ver!

Gerundismo - Ricardo Freire


Aqui vai a última flor do Lácio:
Este artigo foi feito especialmente para que você possa estar recortando e possa estar deixando discretamente sobre a mesa de alguém que não consiga estar falando sem estar espalhando essa praga terrível da comunicação moderna, o gerundismo. Você pode também estar passando por fax, estar mandando pelo correio ou estar enviando pela Internet.
O importante é estar garantindo que a pessoa em questão vá estar recebendo esta mensagem, de modo que ela possa estar lendo e, quem sabe, consiga até mesmo estar se dando conta da maneira como tudo o que ela costuma estar falando deve estar soando nos ouvidos de quem precisa estar escutando.
Sinta-se livre para estar fazendo tantas cópias quantas você vá estar achando necessárias, de modo a estar atingindo o maior número de pessoas infectadas por esta epidemia de transmissão oral.
Mais do que estar repreendendo ou estar caçoando, o objetivo deste movimento é estar fazendo com que esteja caindo a ficha das pessoas que costumam estar falando desse jeito sem estar percebendo.
Nós temos que estar nos unindo para estar mostrando a nossos interlocutores que, sim, pode estar existindo uma maneira de estar aprendendo a estar parando de estar falando desse jeito. Até porque, caso contrário, todos nós vamos estar sendo obrigados a estar emigrando para algum lugar onde não vão estar nos obrigando a estar ouvindo frases assim o dia inteirinho. Sinceramente: nossa paciência está ficando a ponto de estar estourando.
O próximo "Eu vou estar transferindo a sua ligação" que eu vá estar ouvindo pode estar provocando alguma reação violenta da minha parte. Eu não vou estar me responsabilizando pelos meus atos.
As pessoas precisam estar entendendo a maneira como esse vício maldito conseguiu estar entrando na linguagem do dia-a-dia.
Tudo começou a estar acontecendo quando alguém precisou estar traduzindo manuais de atendimento por telemarketing. Daí a estar pensando que "We'll be sending it tomorrow" possa estar tendo o mesmo significado que "Nós vamos estar mandando isso amanhã" acabou por estar sendo só um passo.
Pouco a pouco a coisa deixou de estar acontecendo apenas no âmbito dos atendentes de telemarketing para estar ganhando os escritórios. Todo mundo passou a estar marcando reuniões, a estar considerando pedidos e a estar retornando ligações. A gravidade da situação só começou a estar se evidenciando quando o diálogo mais coloquial demonstrou estar sendo invadido inapelavelmente pelo gerundismo.
A primeira pessoa que inventou de estar falando "Eu vou tá pensando no seu caso" sem querer acabou por estar escancarando uma porta para essa infelicidade lingüística estar se instalando nas ruas e estar entrando em nossas vidas. Você certamente já deve ter estado estando a estar ouvindo coisas como "O que cê vai tá fazendo domingo?" ou "Quando que cê vai tá viajando pra praia?", ou "Me espera, que eu vou tá te ligando assim que eu chegar em casa".
Deus, o que a gente pode tá fazendo pra que as pessoas tejam entendendo o que esse negócio pode tá provocando no cérebro das novas gerações?
A única solução vai estar sendo submeter o gerundismo à mesma campanha de desmoralização à qual precisaram estar sendo expostos seus coleguinhas contagiosos, como o "a nível de", o "enquanto", o "pra se ter uma idéia" e outros menos votados.
A nível de linguagem, enquanto pessoa, o que você acha de tá insistindo em tá falando desse jeito?

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Eclipse Capítulo 26 - Ética

( Jacob Black e Isabella Swan - meu capítulo favorito.. a melhor parte. )

"Você sabe aquela história na Biblia?" Jacob perguntou de repente, ainda lendo
o teto vazio."Aquela sobre o rei e as duas mulheres brigando por um bebê?"
"Claro. Rei Salomão".
"Isso mesmo. Rei Salomão", ele repetiu. "E ele disse, cortem a criança no
meio... mas era só um teste. Só pra ver quem desistiria de sua metade pra proteger a
criança".
"Sim, eu lembro".
Ele olhou de volta para o meu rosto. "Eu não vou mais te cortar no meio, Bella".
Eu entendi o que ele estava dizendo. Ele estava dizendo que me amava mais,
que a desistência dele provava isso. Eu queria defender Edward, dizer a Jacob que
Edward faria a mesma coisa se eu quisesse, se eu o deixasse fazer. Era eu que não
queria renunciar à minha reinvidicação sobre ele. Mas não havia necessidade de
começar uma discussão que só o magoaria mais.
Eu fechei os olhos, desejando a mim mesma que controlasse a dor. Eu não ia
impor isso a ele.
Ele ficou quieto por um momento. Ele parecia estar esperando que eu dissesse
alguma coisa; eu estava tentando pensar em alguma coisa pra dizer.
"Posso te dizer qual é a pior parte disso?", ele perguntou hesitantemente
quando eu não disse nada. "Você se importa? Eu vou ser bonzinho".
"Isso vai ajudar?", eu sussurrei.
"Pode ser. Não pode machucar".
"Então, qual é pior parte?"
"A pior parte é saber o que teria sido".
"O que poderia ter sido". Eu suspirei.
"Não", Jacob balançou a cabeça. "Eu sou exatamente certo pra você, Bella.
Teria sido fácil pra nós - confortável, fácil como respirar. Eu era o caminho natural que
a sua vida teria tomado..." Ele olhou para o espaço por um momento, e eu esperei.
"Se o mundo fosse do jeito que devia ser, se não houvessem monstros e nem
magia..."
Eu podia ver o que ele via, e eu sabia que ele estava certo. Se o mundo fosse o
lugar são que devia ser, Jacob e eu teríamos ficado juntos. E nós teríamos sido felizes.
Ele era a minha alma gêmea nesse mundo - e ainda teria sido a minha alma gêmea se
ele não tivesse sido obscurecido por algo mais forte, uma coisa tão forte que não podia
existir no mundo racional.
Será que havia isso pra Jacob também? Alguma coisa que trunfasse uma alma
gêmea? Eu tinha que acreditar que sim.
Dois futuros, duas almas gêmeas... demais pra uma pessoa só. E era muito
injusto que eu não fosse a única a pagar o preço por isso. A dor de Jacob era um preço
alto demais. Vacilando com o pensamento do preço, eu me perguntei se teria tomado
outro caminho, se Edward não tivesse ido embora. Se eu não soubesse como era viver
sem ele. Eu não tinha certeza. Aquele conhecimento era uma parte muito profunda de
mim, e eu não conseguia imaginar como me sentiria sem ela.
"Ele é como uma droga pra você, Bella" A voz dele ainda era gentil, nem um
pouco crítica. "Eu vejo que você não consegue viver sem ele agora. É tarde demais.
Mas eu teria sido mais saudável pra você. Não uma droga; eu teria sido o ar, o sol".
O canto da minha boca virou pra cima em um meio sorriso saudoso. "Eu
costumava pensar em você desse jeito, sabe. Como o sol. Meu sol particular. Você
equilibrava bem as nuvens pra mim".
Ele suspirou. "Das nuvens eu posso cuidar. Mas eu não posso lutar com um
eclipse".
Eu toquei o rosto dele, descansando a minha mão na bochecha dele. Ele exalou
sob o meu toque e fechou os olhos. Tudo ficou muito quieto. Por um minuto, eu pude
ouvir as batidas do coração dele, lentas e uniformes.

GIZ - Legião Urbana


E mesmo sem te ver
Acho até que estou indo bem
Só apareço, por assim dizer
Quando convém aparecer
Ou quando quero
Quando quero
Desenho toda a calçada
Acaba o giz, tem tijolo de construção
Eu rabisco o sol que a chuva apagou
Quero que saibas que me lembro
Queria até que pudesses me ver
És parte ainda do que me faz forte
E, pra ser honesto,
Só um pouquinho infeliz...
Mas tudo bem
Tudo bem, tudo bem...
Lá vem, lá vem, lá vem
De novo...
Acho que estou gostando de alguém
E é de ti que não me esquecerei
(Quando quero....
Quando quero...
Quando quero...
Eu rabisco o sol que a chuva apagou...
Acho que estou gostando de alguém...