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sábado, 31 de março de 2012

terça-feira, 27 de março de 2012

Bom Diaaaa!!!

Meninaaas (os), estou apressada e passei aqui no blogger rapidinho, somente pra dar esse - Bom Diaaa VIBRANTE, ALÉÉÉM de dividir com vocês algumas dicas de "mulherzinha"(que não é no sentido pejorativo e sim, no mais feminino e nhênhênhê imaginável)! A novidade não passa de algumas sugestões de maquiagem que servirão para evitar os erros que destroem qualquer rostinho. Estou atarefadíssima e exageradamente atrasada (tenho que concluir um artigo que será entregue hoje). Contudo, amiga que é amiga não guarda só pra si essas experiências básicas, estou certa?! Final do dia passo por aqui novamente! Beijinhos e espero que gostem! 


mulher passando corretivo em baixo dos olhos - Foto Getty Images


Abusar do corretivo
De acordo com a especialista, o exagero do produto pode acentuar os detalhes que você deseja esconder. O ideal é usar corretivo apenas nas pálpebras inferiores ou em detalhes como espinhas. Ele deve ser aplicado com as pontas dos dedos em leves toques que espalham o produto, afirma. Mas, em vez de esfregar, dê batidinhas na pele, diminuindo a quantidade usada. Outra dica é usar um tom rosado, já que bege ou o amarelado faz com que as imperfeições, como as olheiras, fiquem ainda mais em evidência. 

mulher com uma camada muito grossa de base - Foto Getty Images

Escolher o tom errado da base
O tom errado de base faz com que você precisa usar muito mais maquiagem (isso porque a cor do rosto acaba ficando muito diferente do pescoço e do colo). O ideal é escolher uma base leve (experimente na maçã do rosto) e espalhar com cuidado. No caso das bases, prefira fabricantes nacionais: as cores são feitas exatamente para a pele das mulheres brasileiras, favorecendo o ajuste. 


pó e pincel de maquiagem - Foto Getty Images

Pó em excesso
Quando mal usado, o pó evidencia os sinais de expressão, envelhecendo o rosto. A região dos olhos e da boca é a mais prejudicada, principalmente se você já apresenta rugas nestas áreas. O pó deve ser usado apenas como complemento da base, para dar um aspecto mais aveludado à pele e para neutralizar o efeito brilhoso da base e/ ou da camada natural de gordura da pele, diz. 

mulher passando blush - Foto Getty Images

Blush exagerado ou aplicado de maneira incorreta
O blush serve para proporcionar um visual mais saudável. Mas, aplicado em excesso, deixa você com cara de palhaça. As bochechas ficam salientes demais (um problema se você tem o rosto arredondado), destoando demais do restante dos traços. O blush deve ser aplicado das têmporas em direção ao centro do rosto, na diagonal, e sempre removendo o excesso do pincel antes de aplicar sobre o rosto.



mulher pintando as sobrancelhas - Foto Getty Images


Pintar a sobrancelha com lápis muito escuro
O lápis deve ser da mesma cor da sobrancelha. Para a aplicação, faça movimentos leves com a ponta, como se estivesse esfumaçando a sobrancelha. Para aquelas que acham a técnica complicada, um pouco de sombra, no tom do pelos, aplicada na pele abaixo da sobrancelha pode ser uma opção , sugere Andréa Delcorso.

mulher usando três cores diferentes de sombra - Foto Getty Images


Misturar muitas cores de sombra
O excesso de cores pode tirar a sofisticação do visual, que fica mais infantil. A maquiagem mais divertida está em alta e, mesmo durante o dia, pode ser usada. Mas nunca abuse dos contrastes, a não ser que você tenha segurança absoluta na técnica usada. O ideal é variar, formando um degradê: marrom e dourado; rosa e lilás; chumbo e cinza formam pares que funcionam. 
mulher passando lápis no contorno dos lábios - Foto Getty Images

Marcar demais o contorno da boca
Deixar os traços marcados, além de tirar a sutileza da maquiagem, está fora de moda. O ideal é que o contorno do lápis passe despercebido, não importa se você está usando para aumentar ou diminuir a boca. Faça um contorno bem delicado e fino, que vai desaparecer na hora em que você passar o batom (o efeito fica mais bonito se você usar um pincel em vez do bastão direto).  

mulher com o delineador borrado - Foto Getty Images

Deixar falhas com o delineador
O delineador só vale para quem tem pleno domínio da maquiagem (ou ele é capaz de destruir todo o resto, por mais impecável que seja o efeito). Uma boa dica para passar delineador sem borrar ou tremer é apoiar a mão no osso do queixo para fazer o traço. Mas se, mesmo assim, achar difícil dê preferência ao uso de um lápis preto bem rente à base dos cílios. E faça o traço antes de aplicar o rímel.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Todo dia, é dia de - 'ATIVISMO!'

Passei a tarde inteira, com sinceridade, tentando estudar alguma coisa, seja para meu concurso, seja para minha prova de fonética e fonologia! Sem sucesso algum, gastei um tempo inretornável em pesquisas em demasia, redes sociais e afins! Que saco! Chega a da uma raivinha de si própria só de imaginar o prejuízo! A novidade de hoje não se resume a passagem do fim de semana, ate porque não entrarei nesse parâmetro! Hoje falarei da minha infinita vontade de realmente me concentrar em algo útil! Percebi que esse comportamento de irregularidade com as tarefas tem se prolongado para alem do normal! Sentir sono pela tarde, ou até  mesmo ter dificuldade em acordar pela manha, é normal, desenvolver alguma indisposição para cumprir horários e compromissos a depender da escala de descaso pode ser normal também, mas dai não conseguir realizar absolutamente nada do que se planejou para o dia ou que deveria ser feito já é um problema! Um descontrole! E como diz alguém meu, o descontrole nada mais é do que a falta de controle, não é justo? Pois bem, sendo assim acho que devo me permitir a autodisciplina, afinal de contas se entregar-me ao deszelo e ao descontrole é uma atividade em potencial, lutar contra os mesmoS deve ser um desafio! Amanha, passarei por aqui somente para descrever as ações do dia! São muitas! Chega de respeitar esse "meu momento" que parece nunca findar! Nada mais conveniente do que agir como uma (homo sapiens) que sou! Dalai Lama sabiamente disse que "só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver." 
Partindo desse pensamento, vou aqui, vou corrigir esse meu dia descompassado e previsível,  não quero relegar a intenção ao acaso, por isso farei algo! Ler quem sabe! 

 

Beijos, Ravi.

sábado, 24 de março de 2012

Por que raios não consigo ser como as outras pessoas, que enquanto o que querem não acontece se focam em outras coisas?

OIEEE, meu Leitores e Leitoras (Era pra ser pronunciado como o Sílvio Santos faz)!!! Bom Dia garotas (os), hoje é sábado e as expectativas não são as melhores! Entretanto, tou me sentindo estranhamente animada, comigo ta dando tudo "errado", recebi uma proposta de emprego essa semana, parece-me que só terei mais uma semana na Uneb! MELHOR! Férias. E finalmente legalizei a papelada necessária para uma seleção aí (Que a propósito, só contarei do que se trata se realmente der certooO, quem torce por mim, reza!). 
Bom...  Adivinhem?! Estou morta de ansiedade! Sei que preciso me acalmar, dispor de concentração e positividade suficiente para que tudo dê certo, mas me sinto ao mesmo tempo desesperada, depressiva, nervosa e impaciente! (Risos). Tou querendo muito organizar meu tempo a partir de alguma ocupação. Sabe aquela saudade de acordar cedinho pra ir trabalhar? Receber dinheiro (R$), e comprar, comprar, comprar (comprar bobagem mesmo, gente!)?! 
Eu já tou farta de ouvir a clássica resposta: "Tenha paciência, se não deu certo ainda, é porque está vindo algo melhor". Esse mesmo bordão é dito por todos que me conhecem! Mas como o próprio título da postagem já sugere: Por que raios não consigo ser como as outras pessoas, que enquanto o que querem não acontece se focam em outras coisas? Verdade seja dita, a você que lê... é bem complicado esperear pelo que tanto queremos! Às vezes nem dormimos, e se dormimos, sonhamos com o objeto de desejo. E nossa mente, a querida mente, parece que fica presa a um só pensamento. Mas o que fazer?! O que nos resta a fazer é esperar! Só pra sintetizar tudo, acho lindo um pequeno texto de Douglas Pagels que chama-se: A Dádiva da Esperança, e que diz: 

"Quando você precisar de ajuda para viver o seu dia; quando precisar de um pouco menos de preocupações e bastantes mais motivos para sorrir... Você só precisará se lembrar: Está tudo bem.Você conseguirá viver este dia, mesmo que seja dando um passo de cada vez. Algumas vezes, você só precisará ser paciente e forte. Se você não sabe como, vá descobrindo enquanto caminha. Mantenha sua esperança como se fosse um caminho a seguir ou uma canção a cantar. Pois se tiver esperança, terá tudo."


Beijos, Ravi!

quinta-feira, 22 de março de 2012

MoOooDA!

Quem ta ligada na moda já está sabendo que a cor do nosso outono inverno 2012 é o vermelho! 
Poxaaa! Linda demais essa cor! As tendências são amplas... atingirá as roupas, sapatos, unhas, bolsas, acessórios etc. Para quem curti a cor será uma dose perfeita de novidades. 

Sapatos - inverno - 2012 - cano médio

 
Cascos


Achei muito fofo esse anel de laço! Também curti muito o anel duplo com glitter! {#}

  

Unhas vermelhas bordadas! AMEII :))


      
                  

Bolsas!'- Lindas...
         
     

(...) Pois juro que hoje eu não quero fazer nada (Absolutamente nada)

quarta-feira, 21 de março de 2012

Para que serve uma relação? - Dr. Drauzio Varella

Para que serve uma relação?


Definição mais simples e exata sobre o sentido de mantermos uma relação?

"Uma relação tem que servir para tornar a vida dos dois mais fácil".
Vou dar continuidade a esta afirmação porque o assunto é bom, e merece ser desenvolvido. 
Algumas pessoas mantém relações para se sentirem integradas na sociedade, para provarem a si mesmas que são capazes de ser amadas, para evitar a solidão, por dinheiro ou por preguiça. Todos fadados à frustração.Uma armadilha.
Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado.
Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo, enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio, sem que nenhum dos dois se incomode com isso.
Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada uma pessoa bonita a seu modo.
Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.
Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro, quando o cobertor cair.
Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois. 

Olha só que Gato bravo... Até eu ficaria com medoOo!

terça-feira, 20 de março de 2012

Informações..

Meus Leitores e Leitoras, fiz uma seleção de quatro textos interessantes que desenvolvi no Curso de Licenciatura em Letras Vernáculas. Seguindo a ordem abaixo vocês poderão ler um artigo sobre o DISCURSO MACHISTA, texto que trata sobre a ideologia predominante na fala de muitos homens. Esse trabalho foi desenvolvido por mim: Ravena Oliveira e Fernanda Santos. 
O outro texto é um artigo que abordará a respeito da Representação do dialeto “caipira” na telenovela: Morde e assopra. Nesse sentido falaremos sobre a estigmatização social na fala do caipira. Recomendo a leitura.
O terceiro trabalho é um Paper (pequeno artigo) que discute sobre A (NÃO) APLICAÇÃO DAS ABORDAGENS DO PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM NA DOCENCIA PRÁTICA DE LÍNGUA PORTUGUESA. Esse foi o meu primeiro artigo na disciplina de SIP, cujo desenvolvimento aconteceu com embasamento em muitas leituras, estudos e pesquisas. 
Por último temos uma Resenha Crítica feita por mim, que trará uma reflexão acerca do Estrangeirismo:  Um fato recorrente na língua, com ênfase nas faixadas do comércio de SAJ. Para além da construção da resenha pude ampliar o trabalho através de uma pesquisa de campo realizada por Darlane Coutinho e Reinada Queise  sobre o uso exacerbado do Estrangeirismo nas fachadas do comércio de Santo Antonio de Jesus.

Obs: Todos esse trabalhos, com exceção do primeiro texto (O DISCURSO MACHISTA), foram  construídos com a finalidade de serem avaliados pela disciplina SIP (Seminário Interdisciplinar de Pesquisa), além de terem sido considerados como desenvolvimento em equipe.

Artigo feito por: Ravena Oliveira e Intermediação de Fernanda Santos e Reinanda Queise.


O DISCURSO MACHISTA
Fernanda Santos
Ravena de oliveira
Reinanda Queise


Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar as questões relativas à formação discursiva sobre o machismo em alguns textos, piadas e enunciações que circulam no ambiente social em que vivemos. A compreensão que sugerimos pretende demonstrar as possíveis formas de leitura atreladas ao discurso e que demonstram outros sentidos para a compreensão da essência do próprio discurso machista. Com o intuito de que se obtenha um conhecimento de como as ideologias são empregadas em diversos discursos, ora afirmando e fechando em si a temática, ora expandindo-a a outras áreas com a finalidade de reforçar tal idéia, foi feita uma análise do pensamento e práticas machistas.
Palavras- chave: Formação discursiva; Ideologia; Machismo

Introdução
Este trabalho tem como perspectiva a compreensão de como as formações discursivas apresentam em seus elementos textuais a manifestação de uma ideologia coexistente, (neste caso, o machismo) evidenciando características peculiares a esse tipo de material. Portanto, trazem também a comprovação de que, embora sejam produzidos em situações e contextos diferentes, estes discursos compartilham de idéias semelhantes.

1.      O SUJEITO DO DISCURSO
Na Análise do Discurso o sujeito é histórico pelo fato de alienar-se às questões culturais da sociedade que o cerca, pois o mesmo não pratica o discurso sozinho, ao contrário ele dispõe da influência coletiva. Como afirma Orlandi (2005, p.20) “O sujeito da linguagem é descentrado, pois é afetado pelo real da língua e também pela história, não tendo controle sobre o modo como ela o afetam”.
O sujeito do discurso para os analistas nomeia-se à medida que se formam as relações de sentido. O sentido não está nas palavras, os significados são instituídos ao passo que ocorre a interação entre os participantes no interior do discurso.
Segundo Orlandi, (2005, p.15) "o discurso é a palavra em movimento, prática de linguagem: com o estudo do discurso observa-se o homem falando”, entretanto para o individuo o discurso é o meio pelo qual a interação se materializa, ou seja, as formações lexicais se consolidam e elabora-se um discurso.


Formação discursiva
 “A linguagem enquanto discurso não constitui um universo de signos que serve apenas como instrumento de comunicação ou suporte de pensamento; a linguagem enquanto discurso ela é interação, e um modo de produção social; ela não é neutra, inocente e nem natural, por isso o lugar privilegiado de manifestação da ideologia”. Nagamine. 2004.p.11.  
Na análise do discurso, a linguagem é tratada de modo indissociável à ideologia, pois as questões relativas à construção da fala bem como o sujeito do discurso estão intrinsecamente ligados, visto que este sujeito não é inconsciente, mas participativo das intervenções da linguagem.
Segundo Orlandi, 2005.p.20 o sujeito da linguagem é descentrado, pois é afetado pela língua e pela história o tempo todo, não tendo domínio sobre tal situação.
Com isso, passamos à compreensão do discurso não como a fala isolada, pois ele não é fechado em si mesmo, mas como local de compartilhamento de idéias, no qual é possível fazer associações com outros enunciados que ao longo da história foram produzidas, fazendo assim um elo entre esses discursos e formando o interdiscurso.

DITOS POPULARES QUE EVIDENCIAM O DISCURSO MACHISTA
1. Lugar de mulher é na cozinha.
2. Mulher no volante perigo constante.
3. A última palavra é sempre da mulher: sim, senhor!
4. Mulheres são como moedas, ou são caras ou são coroas.
5. Mulher feia é como pantufa... dentro de casa até que é gostosinha , mas na rua ...da uma vergonha!!!
6. O homem tem muitas mulheres por não ter a certeza se a que ele tem é só dele!
7. Mulher é igual à goma de mascar: você mastiga, chupa, cospe, pisa em cima dela e ela ainda gruda no pé!
8. Qual a semelhança entre a mulher e o computador? – é que as duas tem memória, mas inteligência não!
9. Qual a semelhança entre as mulheres e o pára quedas? – é que se não abrirem, não servem para nada.
10. Mulher é como alça de caixão: quando um larga, outro põe a mão.
11. Mulher é igual à cebola, a gente chora mais come.
12. Não sou galo, mas arrasto as galinhas.
13. Casa sem fogão é casa sem mulher.
14. Mulher sem marido, barco sem leme.
15. Mulher é um sexo frágil.
16. O duro não é carregar o peso do chifre, é manter a vaca.
17. Mulheres podem ser capazes de fingir um orgasmo, mas homens podem fingir um relacionamento por completo.
18. Há dois momentos em que os homens não entendem as mulheres: antes e depois do casamento.
19. Mulher tem que esquentar a barriga no fogão e esfriar na pia.
20. Aquela é uma “Maria Chuteira”.

Análise dos discursos
As mulheres por muitos anos foram vítimas de um preconceito descabido, que atravessou gerações, e que ainda existem em nosso meio. Partindo de uma sociedade patriarcal, a qual, o homem é tido como “o cabeça” da família, não podendo em hipótese alguma ser contrariado, a mulher viveu por muito tempo submissa, até que conseguisse aos poucos conquistar uma independência, que por vezes se dissipa em inúmeros papeis que ainda são atribuídos apenas a mulher, como exemplo, a responsabilidade com a cozinha, os afazeres domésticos, o cuidado com os filhos, demonstrando assim, que a dupla jornada é marcante no dia-a-dia feminino. Ao analisarmos as frases: 1. “Lugar de mulher é na cozinha.”; 3. “A última palavra é sempre da mulher: sim, senhor!”; 13. “Casa sem fogão é casa sem mulher.”; 14. “Mulher sem marido, barco sem leme.”; 16. “O duro não é carregar o peso do chifre, é manter a vaca.” e 19. “Mulher tem que esquentar a barriga no fogão e esfriar na pia.”, comprovamos a imagem estereotipada da mulher, que por muitos, é vista como sendo aquela que não pode desempenhar funções fora de casa ou aquela cujo serviço doméstico é designado.
Entretanto, muitas mudanças ocorreram com o passar dos anos, certamente, com direito ao voto feminino, a inserção em áreas antes direcionadas ao homem, a participação no controle e sustento do lar, entre outros, gerou um clima de menor preconceito, embora não tenha sido totalmente aniquilado. Temos como exemplo as frases: 2. “Mulher no volante perigo constante.”; 8. “Qual a semelhança entre a mulher e o computador? – é que as duas tem memória, mas inteligência não!”; 15. “Mulher é um sexo frágil.”, todos os enunciados evidenciam a predominância de um discurso preconceituoso e de subestimação da inteligência feminina, demonstrando a dificuldade que há em aceitar a integração da mulher em todos os espaços sociais. Mas nos chama a atenção o fato de permanecerem, alguns ecos de discurso machista com indícios atuais. Podemos perceber essa questão ao observarmos o modo como lidamos com a presidência feminina e a ocupação de cargos políticos assumidos por mulheres.
Portanto, é possível afirmar que a produção dos discursos resulta das possibilidades sociais geradoras de condições dadas, ou seja, o terreno das disputas pelos dizeres e pelo próprio discurso (Foucault, 1998). Algumas vezes, à formação discursiva evidenciada em alguns textos remetem a outras ideologias que se fazem presente no mesmo texto de forma menos evidente, e outras que são compartilhadas entre os seres humanos no decorrer dos anos através da memória.
O conceito de mulher é entendido por muitos (machistas), como de um ser desprovido de raciocínio que só é levado pelas emoções; por vezes, ignoram que as mulheres que cumprem papéis sociais ainda estigmatizados (lavar, passar, cozinhar, arrumar), ali atuam também como profissionais competentes e que elas pensam sobre si mesmas. Socialmente alguns homens se acham “machos”, sentem-se impunes as leis realizando atos de violência e agressividade as suas mulheres, esses comportamentos materializam a formação discursiva que esse indivíduo construiu com o decorrer do seu crescimento, seja pelas influencias culturais, históricas, familiares, sociais, etc.
Contudo a violência não se restringe apenas no campo da agressividade física, a moral de muitas mulheres é colocada em jogo, quando sua imagem é submetida ao deboche e a desvalorização. Fica claro nas freses: 5. “Mulher feia é como pantufa... dentro de casa até que é gostosinha, mas na rua... da uma vergonha!”; 7. “Mulher é igual à goma de mascar: você mastiga, chupa, cospe, pisa em cima dela e ela ainda gruda no pé!”; 17. “Mulheres podem ser capazes de fingir um orgasmo, mas homens podem fingir um relacionamento por completo.”.
Devemos considerar também a construção de uma figura feminina tida como objeto sexual, além de identificarem-nas também, como aquelas que servem para satisfazer os desejos sexuais do homem, notamos essas lógicas nas frases: 6. “O homem tem muitas mulheres por não ter a certeza se a que ele tem é só dele!”; 9. “Qual a semelhança entre as mulheres e o pára quedas? – é que se não abrirem, não servem para nada.”; 10. “Mulher é como alça de caixão: quando um larga, outro põe a mão.”; 11. “Mulher é igual à cebola, a gente chora mais come.”; 12. “Não sou galo, mas arrasto as galinhas.”. A visão amplia-se para uma concepção predefinida, o discurso machista também comprova a estigmatizaçao do sexo feminino como sedo interesseiras, oferecidas, observa-se nas frases: 4. “Mulheres são como moedas, ou são caras ou são coroas.”; 20. “Aquela é uma ‘Maria Chuteira’”.
Os discursos machistas que circulam em nosso meio social, sem dúvida são resultado de uma sociedade extremamente ideológica. O fundo discursivo machista é a comprovação de que os traços da memória são determinantes na concepção de muitos homens, justamente porque seu surgimento só se dá mediante um cenário dado por condições históricas. Por trás de qualquer discurso, definidamente há sua memória, que por sua vez desenvolve-se a partir de suas condições sociais. Dessa forma, quando determinados dizeres machistas surgem, indiscutivelmente sua consolidação ocorre em detrimento do cenário da formação discursiva que os envolvem. Segundo R.W. Connell (1995), tratar determinado fenômeno no âmbito da masculinidade refere-se ao tratamento a partir de uma dada masculinidade que se quer hegemônica. Nesse sentido só reforçamos a ideia de que o discurso masculinizante é fruto das influências sofridas pelo individuo, sejam elas sociais, culturais ou da memória.


Referências
FOUCAULT, M. Arqueologia do saber. 5ª ed. Trad. Luis Felipe Baeta Neves, Rio de
Janeiro: Forense Universitária, 1997.
CONNELL, R.W. “Políticas de Masculinidade”. In: Educação e Realidade, 20(2):185-206, jul/dez, 1995.

Artigo feito por: Ravena Oliveira, Reinanda Queise e Fernada Santos - Alunas da Universidade do Estado da Bahia.

Representação do dialeto “caipira” na telenovela: Morde e assopra.

RESUMO: O presente estudo volta-se para a análise da variação lingüística através da observação do dialeto caipira representado na telenovela Morde e Assopra, exibida pela emissora de televisão Rede Globo. Este trabalho expõe uma esfera linguística que abrange questões de cunho social, levando em consideração que as diferentes formas de uso da língua motivam com recorrência alguns julgamentos e críticas voltados para a forma como certos grupos se expressam. Esta análise destaca que a televisão, com frequência, exibe uma visão estigmatizada de certos falares, especialmente de dialetos “caipiras”, considerados como expressão “desqualificada”.
Palavras chaves: Variação linguística. Mídia. Preconceito.    

INTRODUÇÃO
O conceito de língua pode ser abordado sob várias perspectivas, devido
ao fato de ser objeto de diversas disciplinas, como a Antropologia, a
Sociologia, a Psicologia e a Lingüística, entre outras. Limitando-se à lingüística, o objeto língua também pode ser concebido sob diferentes óticas. A língua que é dinâmica, viva, está cada vez mais sujeita a constantes mudanças, não sendo, portanto, estática. Desde o período colonial, diversas influências contribuíram para a transformação de uma língua que se apresenta de forma diversificada. O dialeto caipira no Brasil, por exemplo, é resultante da miscigenação entre os colonos portugueses, índios e  alguns negros que a eles se juntaram, o caipira emergem dessa mistura entre etnias.
O dialeto caipira é definido pelas tendências históricas do processo de construção e alterações da língua. Entretanto os símbolos característicos dos falantes caipiras não obstante, tem sido apresentados nas telenovelas pela narrativa ficcional, na maioria das vezes de maneira destorcida, cujo principal foco é a construção de um estereótipo para dar significado ao falar “caipirês”. A partir dessa transmissão desconfigurada do que seja os costumes e características do dialeto caipira, os telespectadores tendem a uma recepção de forma mais ou menos disfarçada do real.
Seguindo por esta perspectiva este trabalho volta-se para a análise do preconceito linguístico existentes nas telenovelas e transmitidos pelos veículos midiáticos para a sociedade, bem como uma pequena avaliação de algumas cenas exibidas na novela Morde e Assopra, pelo canal aberto da emissora Rede Globo de Televisão.


Percepções do falar Urbano e Rural

Tradicionalmente, rural se opõe a urbano, levando a uma visão dicotômica, favorável ora ao espaço rural ora ao espaço urbano (MARX e ENGELS, 1993; CANDIDO, 1987; AMARAL, 1982).  Levando em conta esse pensamento pode-se afirmar que existem sim diferenças sociais notórias entre rural e urbano, no entanto esta temática será voltada para os aspectos linguísticos. A cultura caipira detém uma variedade dialetal diferenciada, essa comunidade se caracteriza por uma vida social de tipo fechado, com base na economia de subsistência, ao contrário da cultura urbana que enfatiza os costumes sociais globalizados, valorizando a linguagem culta e até mesmo padrão da língua.
 A linguagem evidenciada pelos falantes rurais possui desapegos a formalidade e constituem digressões a norma dita culta em que o português vai ser entendido como elitista e de distinção entre as classes urbanas e rurais.



FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A partir do objetivo principal do estudo que é demonstrar que o dialeto caipira sofre preconceito lingustico foi introduzida algumas idéias referentes ao que apontam os sociolinguistas acerca desta problemática.
O maior estudioso do caipira foi Cornélio Pires, que compreendeu, valorizou e divulgou a cultura caipira nos centros urbanos do Brasil. Cornélio Pires afirma:

A história cultural, tal como a entendemos, tem por principal objeto identificar o modo como em diferentes lugares e momentos uma determinada realidade social é construída, pensada, dada a ler.

A sociedade criou alguns preceitos voltados para as questões que envolvem a comunicação e que exige uma interação entre os mais variados falantes. Há alguns conceitos para a representação das diversas expressividades do “caipirês”, divide-se o caipira em quatro categorias, segundo sua etnia, cada uma delas com suas peculiaridades: O caipira caboclo: descendente de índios catequizados pelos jesuítas. O caipira negro: descendente de escravos, na época de Cornélio Pires chamado de Caipira Preto: Foi imortalizado pelas figuras folclóricas da mãe-preta e do preto-velho que é homenageado por Tião Carreiro e Pardinho nas músicas "Preto inocente" e "Preto Velho". É, em geral, pobre. Sofre, até hoje, as consequências da escravidão; Cornélio Pires diz dele:

"É batuqueiro, sambador, e "bate" dez léguas a pé para cantar um desafio num fandango ou "chacuaiá" o corpo num baile da roça".


Ainda tem o caipira branco: descendente dos bandeirantes, uma nobreza decaída, orgulha-se de seu sobrenome bandeirante: os Pires, os Camargos, os Paes Lemes, os Prados, os Siqueiras, os Prados, entre outros.
E finalmente o caipira mulato, descendente de africanos com europeus. Raramente são proprietários. Cornélio Pires os tem como patriotas e altivos. Diz dele Cornélio Pires:


“o mais vigoroso, altivo, o mais independente e o mais patriota dos brasileiros”.

Com relação ao preconceito lingüístico que existe no país Marcos Bagno (2000), apresenta pensamentos que favorecem o entendimento de como qualquer expressividade preconceituosa é prejudicial a toda e qualquer sociedade. Segundo Bagno, o Brasil é um país com intensa diversidade linguística, porém existe o mito de que apenas a norma culta é correta, por isso é empregada em documentos oficiais e gramáticas que sistematizam a língua.



METODOLOGIA

O estudo hora abordado, desenvolveu-se a partir de uma avaliação do dialeto caipira representado pela novela Morde e Assopra, a qual nos oferece subsídios para compreender um fenômeno específico em profundidade, pois ela trabalha com descrições, comparações e interpretações de fatos linguísticos do falar caipira.
Foi utilizada a análise de algumas cenas, por tratarem de uma abordagem sociolinguística de cunho relevante, além de ajudar na compreensão e interpretação dos dados com clareza sobre o que está sendo pesquisado.
A observação das cenas foi de suma importância, pois elas podem nos permitir a verificação do uso do dialeto caipira encenados pelos personagens Abner e o Sargento Xavier. A técnica de observação teve seu papel colaborador, devido ao seu fornecimento linguístico, no qual possibilitou uma visão critica sobre os aspectos da fala.
Por conseguinte na novela Morde e Assopra, os personagens Abner e o Sargento Xavier são exemplos nítidos daqueles que falam uma variedade linguística distante das variedades urbanas.


Interação telenovela – receptor

Na dramaturgia da novela Morde e Assopra, os personagens Abner e Sargento Xavier, interpretados pelos atores Marcos Pasquim e Anderson Di Rizzi, respectivamente representam dois caipiras jecas que vem sendo comparado ao ícone do cinema Mazzaropi. Abner é um fazendeiro que cuida e luta pelas terras da família, na fictícia cidade de Preciosa, interior de São Paulo, que está ameaçada. Enquanto o Sargento interpreta um caipira visto como medroso e atrapalhado.
A exposição da figura do caipira na novela Morde e Assopra é considerada por muitos telespectadores de maneira distinta. Uns observam pelo lado apenas cômico, sem levar em consideração os aspectos lingüísticos e culturais que os envolvem. Outros, no entanto, assumem um posicionamento crítico, observando que há uma estigmatização da imagem desse falante do dialeto caipira e que esse falante é apresentado como um ser desprovido de conhecimento. Por outro lado, existe o olhar dos estudiosos em lingüística, que avaliam esse modo de se expressar como sendo um dialeto da língua portuguesa, representado de forma autêntica visto que representam a identidade cultural de um dado lugar. O falar caipira dentro das novelas é exibido com alguns objetivos que podem ser refletidos, neste caso deve-se considerar o dialeto caipira como mais uma variação da língua, e não apenas como um jeito engraçado de alguns falantes. Um exemplo de diferenciação e valorização da variação é quando se é trabalhado na mídia a utilização de palavras estrangeiras ou até mesmo o uso de outros idiomas, havendo uma supervalorização dessas expressões. Porque neste caso não há nenhuma indagação correlacionada ao uso coloquial da fala? Nada mais é do que a crença que descaracteriza as origens do país, cuja suspeita é de que o que é de fora é mais bonito.

Mídia e Preconceito

A forma como o dialeto caipira é evidenciado na novela Morde e Assopra, levanta a questão da variação linguística existente entre o homem do campo e o urbano de forma isolada. Esses ambientes são constituídos de figuras e símbolos de uma ideologia criada acima de uma visão urbana x rural. O que induz a uma ideia preconceituosa ao que se refere as diferenças entre estes falares. Baseados em um modelo de linguagem padrão, os falantes dessa língua distinguem-se daqueles que fazem uso do falar “caipirês”, por este falar ser caracterizado pela falta de rebuscamento e formalidade.
Buscando uma uniformidade da língua a mídia motiva ao senso comum, isso faz com que as pessoas criem um paradigma de comparação entre o que é corriqueira, neste caso a língua culta e o “diferenciado”, que seria o dialeto caipira. Assim desenvolvem-se alguns preceitos e prejulgamentos para com o ato da fala.




CONSIDERAÇÕES FINAIS

O processo de comunicação deve ocorrer dentro da limitações do seu falante. A lingüística traz a conscientização do respeito às diversas formas de expressão. A presença dos estereótipos na novela Morde e Assopra motiva à simplificação da realidade em paralelo a cenas de comédia dramatizada pelos personagens. O ser humano visa à sua representação para construir a sua identidade, a exclusão percebida nas novelas das chamadas “minorias”, que de minoria não têm nada, pode colaborar com a opressão pela manutenção e legitimação dos modelos propostos.
É importante que se desconstrua algumas concepções, que de certa forma é feita ao que se refere o dialeto caipira que contribui com sua pluralidade grandemente a nossa língua. Outro fator relevante a ressaltar é a estereotipia sobre outras convenções generalizantes para a composição de seus personagens, como exemplo tem-se a diferenciação das vestes e até mesmo poder aquisitivo que está inserido o personagem nas cenas (este sempre se diferenciando dos demais).
Não deve conferir à novela a posição de inferior ou superior a outros tipos de pessoas. Certamente a quebra de todos os estereótipos com relação a qualquer forma de expressividade denota uma mudança no modo de pensar de cada um, no entanto respeitar as variações deve ser um processo conciencional em exercício.

Referências Bibliográficas




Bom Paper!

A (NÃO) APLICAÇÃO DAS ABORDAGENS DO PROCESSO ENSINO/APRENDISAGEM NA DOCENCIA PRÁTICA DE LÍNGUA PORTUGUESA


MATOS, Maria Izabel Freitas Santos de.[1]
ARAÚJO, Antônio de Souza Alves de.²
SANTOS, Fernanda
SANTOS, Ravena de Oliveira
SILVA, Reinanda Queise Bispo da.


RESUMO: O estudo em questão trata de uma investigação a respeito da prática docente de duas professoras de Língua Portuguesa/Literatura para verificar a utilização das práticas pedagógicas e o uso das abordagens do processo ensino/aprendizagem. Com o objetivo de verificar se as educadoras utilizam em sua prática um trabalho voltado para as abordagens do processo. Para este fim buscou-se a metodologia constituindo-a da pesquisa qualitativa, o mesmo que estudo de caso que foi embasado nas técnicas de roteiro e observação de entrevista. A partir da análise e interpretação dos dados percebe-se que as educadoras de língua portuguesa não aplicam à práxis educativa do processo ensino/aprendizagem, essas fazem uso da abordagem tradicional mesclando com outras abordagens tais como: cognitivista e sócio-cultural. Portanto, para que se concretize o ensino/aprendizagem, é preciso que o professor seja dotado de habilidades para aplicar a prática educativa, adequando-as às vivências diárias dos alunos.
Palavras-chave: Prática educativa. Práxis. Língua Portuguesa.


1  INTRODUÇÃO

O estudo em apreço iniciou-se a partir dos conhecimentos obtidos nas aulas de Prática Pedagógica I que forneceu uma base de dados teóricos da abordagem do processo ensino e aprendizagem. Em virtude das discussões em sala de aula, foi desenvolvido um trabalho voltado para observações in lócus, que significa uma pesquisa a respeito da prática docente do educador de Língua Portuguesa/ Literatura, considerando a (não) aplicação das abordagens do processo ensino e aprendizagem tratada por Mizukami (1986).
Por conseguinte, fez-se necessário a examinação dos recursos e informações contidas nas abordagens do processo ensino e aprendizagem a considerar: Tradicionalista, comportamentalista, humanista, cognitivista e sócio-cultural na ação educativa do professor de Língua Portuguesa/Literatura. Não desconsiderando sua aplicação e planejamento da práxis do ensino e aprendizagem nas aulas.


A PRÁTICA PEDAGOGICA COM FOCO NAS RELAÇÕES


É importante e fundamental a formação educativa das gerações em todos os aspectos sociais, não se restringindo apenas a um ambiente. No entanto a educação que é realizada dentro dos sistemas educacionais, a educação formal que acontece dentro das escolas deve promover a interação entre os indivíduos visando o preparo para o convívio social. Nesse aspecto Mizukami (1986), Libâneo (1994), Zabala (1998), pesquisadores desse processo defendem com o mesmo enfoque que o ensino e aprendizagem devem ser ampliados para além da questão do que ensinar, encontrando sentido de acordo com a realidade social e intelectual dos indivíduos, "desde o início da historia da humanidade, os indivíduos e grupos travavam relações recíprocas diante da necessidade de trabalharem conjuntamente para garantir sua sobrevivência" (Libâneo, 1994, p.19).
O professor de Língua Portuguesa/ Literatura nesse contexto deve ter uma postura norteadora no processo de ensino e aprendizagem, ou seja, é necessário ter em mente que a prática docente do educador tem papel fundamental no desenvolvimento e aprendizagem do seu aluno. Segundo Zabala (1998), o valor das relações que se estabelecem entre os professores, os alunos e os conteúdos no processo ensino tem grande importância. Comenta que essas se sobrepõem às sequencias didáticas, visto que o professor e os alunos possuem certo grau de participação nesse processo.
Para que se efetive a práxis docente, o professor precisa construir conhecimento a partir do que faz, para isso, também precisa buscar sentido no que faz e no que aponta como importante em suas aulas, e o que fazer dos seus alunos.


METODOLOGIA


O estudo hora abordado, desenvolveu-se a partir de uma pesquisa qualitativa, ou seja, um estudo de caso utilizando como técnicas a observação e entrevista, com seus devidos instrumentos norteadores da pesquisa, são eles: roteiro de observação e roteiro de entrevista, não deixando de considerar a amostra que foi o universo da prática docente do professor de Língua Portuguesa/ Literatura.
Análise e interpretação do caso I:
A docente Bia, do sexo feminino, 42 anos, formou-se em magistério, posteriormente graduou-se pela Universidade Estadual da Bahia (UNEB), licenciando-se em letras, já tendo mais de 18 anos em exercício da docência.
Para tal, fez-se necessário o estudo in lócus nos colégio Hercília Tinoco de Andrade, cuja educadora leciona em uma turma de ensino regular, 9 ano (antiga 8 série), no turno matutino, totalizando-se 3 dias de observações.
No primeiro encontro, com a educadora foi possível verificar a pratica docente na sua metodologia de ensino. A educadora retomou um assunto já abordado em aulas anteriores, que tratava de uma discussão a respeito do seguinte tema: violência contra a mulher. A turma apresentou as pesquisas que falavam do tema em questão. A partir daí foi solicitado pela professora à produção de textos que sintetizassem o tema citado anteriormente. A aula deu-se por encerrada com as produções textuais.
No segundo encontro a docente organizou subgrupos para a leitura dos textos produzidos na ultima aula, em conseqüência foi possível debater o tema em apreço, havendo interação da educadora com a turma. Ao finalizar o debate foi dada sequencia a aula com um novo conteúdo gramatical: homônimos. Foi feita uma orientação individual aos alunos que apresentavam duvidas.
A última aula observada iniciou-se com um exercício de fixação relacionado com o assunto trabalhado na aula passada, a educadora transcreveu para o quadro algumas perguntas, fornecendo um tempo para a classe copiar e responder. Por fim foi feita a correção da atividade já desenvolvida.
Em observação a prática da docente, percebemos que esta utiliza o lúdico para dinamizar as aulas, visando facilitar o aprendizado do aluno, em suas aulas notamos as variações dinâmicas, sendo exigido dos alunos trabalhos em grupos e suas conseqüentes apresentações, fornecendo a interação e o dialogo entre a classe e a própria educadora. Percebeu-se também a exposição de conteúdos gramaticais de forma contextualizada. Trabalhou com temas que englobam a realidade do cotidiano, promovendo debates e com isso levando a uma reflexão do que foi discutido. A partir desta análise constatamos que sua prática educacional é tradicionalista, e seu conteúdo apresenta características de uma abordagem sócio-cultural.
Esta análise foi feita com base em Mizukami (1986), que na abordagem tradicional fala que a educação pode ser exemplificada como bancária (o professor deposita os conhecimentos, e o aluno recebe-os passivamente). Já a abordagem sócio-cultural segundo Mizukami, propõe modelos metodológicos compatíveis com as experiências vividas pelos alunos.
Análise e interpretação do caso II:
A docente Ana, sexo feminino, 29 anos, graduada pela Universidade Estadual da Bahia (UNEB), em Letras com Inglês, sendo este o seu primeiro ano lecionando em uma turma de EJA (Educação para Jovens e Adultos). Foram assistidas 5 horas/aulas durante três dias.
Na primeira aula observada da educadora, foi retomado o conteúdo pronome possessivo. A mesma passou algumas questões sobre o que foi trabalhado, após a execução do exercício, foi feita uma correção coletiva. Esse processo segundo a professora tem sido lento, pois muitos alunos apresentam dificuldades para acompanhar e assimilar os conteúdos. Para finalizar a aula foi sugerido que cada aluno escolhesse um texto para fazer a leitura e trazer para o próximo encontro.
No segundo encontro, Ana pediu que os alunos fizessem a leitura individual dos textos solicitados na ultima aula para ser trabalhado neste momento. Foi organizada uma breve discussão com comentários sobre os textos. Após o desenvolvimento desta atividade, iniciou-se, um novo momento, com aplicação de um conteúdo gramatical: classificação dos verbos, o assunto foi introduzido, porém não houve tempo suficiente para a conclusão.
Na última aula observada, foi dada continuidade a explicação de um assunto já trabalhado (variações do verbo), os alunos apresentaram algumas dificuldades de assimilação, no entanto a professora fez um pequeno exercício de fixação. Em seguida corrigiu-o contando com a participação da classe. Em outro momento da aula a docente anunciou que apresentaria um filme: “A procura da felicidade”, com o objetivo de solicitar da turma um resumo do que foi depreendido do filme.
Diante dos fatos observados, notou-se nas aulas dessa educadora uma dedicação em orientar individualmente seus alunos, atentando-se as necessidades de cada um. As aulas eram ministradas usando a repetição e recapitulação, considerando as deficiências de habilidades e absorção do conteúdo trabalhado. A educadora mostrou-se com dificuldades para despertar a atenção da turma, em relação às atividades propostas.
Desse modo foi possível perceber a tendência de uma pratica educacional tradicionalista, mesclando com outras abordagens tais como: cognitivista e sócio-cultural. Isso fica claro em momentos que a educadora atua na execução de exercícios e explicações supervalorizando o conteúdo. Ela muitas vezes posicionava-se como transmissora do conhecimento, e os alunos assumiam um caráter de armazenadores de informações. Em alguns momentos a docente tentou dinamizar as aulas, mas sempre presa ao seguimento teórico dos estudos. Essa interpretação se deu com base em Mizukami (1986), suas abordagens se correlacionam com as descrições acima.


CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação como processo social coloca-se para assegurar aos indivíduos uma interação com o mundo de acordo com suas vivencias. É importante que a escola socialize seus métodos educacionais com a formação integral dos alunos, pois assim a cidadania torna-se indiscutivelmente viável.
Assim, faz-se necessário à busca de uma nova reflexão educativa, onde a práxis tem que ser uma constante na ação docente beneficiando o ensino e aprendizagem, o agente escolar deve desenvolver um conjunto de competências e habilidades, afim de que os alunos possam aprender compreender e refletir sobre a realidade. Tornado-se participativos no contexto de uma sociedade empenhada na prática transformadora do futuro.

REFERÊNCIAS

MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: As abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986.


LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.


ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.



[1] Orientadora do Componente Curricular Prática Pedagógica.
² Discentes do Semestre Letras Vernáculas 2010.1Vespertino, pela Universidade Estadual da Bahia (UNEB).